Após 8 anos, God of War volta inspirado em mitos nórdicos

O filho pródigo à casa torna: um dos maiores símbolos dos consoles da Sony, o herói Kratos está de volta aos games a partir dessa sexta-feira (20), com o lançamento de God of War, novo título da série de ação e aventura baseada na mitologia. Primeiro título da franquia para o PlayStation 4, o jogo chega cheio de novidades.
No lugar dos deuses greco-romanos da trilogia inicialmente lançada entre 2005 e 2010, entram os mitos nórdicos. Há mais estratégias e mecânicas no jogo, concebido ao longo dos últimos cinco anos. Para completar, em vez de ter a raiva como companheira, Kratos agora tem um filho, Atreus, que vai o acompanhar em suas missões pela Escandinávia. “O jogo novo traz uma nova mitologia para uma nova fase da vida do Kratos”, diz o brasileiro Rafael Grassetti, diretor de arte da Santa Monica Studios, produtora responsável pelo game. “É uma época mais emocional da vida dele.”
A mudança de cenário é outra alteração drástica no jogo – saem os ambientes ornados e cheios de detalhes típicos da cultura grega, entram cenários mais austeros, como cabe à arquitetura escandinava. “É também um local que mostra que o Kratos não é bem vindo, pois ele não pertence àquela cultura”, explica o brasileiro.
Apesar de ser uma continuação para a trilogia inicial – e não um recomeço na série –, o novo jogo tem tudo para atrair os novatos. É uma intenção que está clara desde o título – não é à toa que o game se chama simplesmente God of War e não God of War IV. “Queríamos que quem pegasse o controle se sentisse à vontade com a história”, diz Grassetti. “Para isso, usamos o Atreus, o filho do Kratos: ele também não sabe a história do pai e está ali para descobrir isso.”

Sem dar grandes explicações, Grassetti diz que há muito a ser explorado no novo jogo – segundo ele, God of War está cheio de pistas sobre o que pode acontecer a partir daqui na série. Questionado se a franquia poderia durar décadas, levando Kratos para passear em diversos mundos mitológicos, ele despista. “Estamos criando um universo, como foi com a mitologia grega. Quem jogar vai entender, mas é algo maior do que o que as pessoas conhecem até agora.”
Trajetória
Grassetti teve uma longa jornada até chegar a trabalhar na Santa Monica Studios. Paulista, ele começou sua carreira fazendo 3D para publicidade – segundo ele, a área lhe deu experiência para ter uma visão geral da produção criativa, além de ajudá-lo a montar seu portfólio.
Ao expor suas criações na internet, o brasileiro acabou sendo convidado a trabalhar no exterior – antes da Sony, trabalhou na Bioware, estúdio responsável por jogos como Mass Effect e Dragon Age.
Para quem quiser seguir uma carreira como a sua, porém, ele recomenda procurar cursos específicos para a área de jogos. “O curso é uma boa forma de aprender como o mercado funciona – depois, é bom você se especializar. É algo que não existia na minha época”, diz.

FONTE AQUI

Comentários